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Moralismo

Por: | 15:54 1 comentário
De acordo com o Wikipédia: “Deriva do latim mores, ‘relativo aos costumes’. (...) Moral é um conjunto de regras no convívio.”. Lembrando que, eu não estudo Filosofia, mas MORAL é diferente de ÉTICA. Ainda de acordo com o nosso querido Wikipédia, vamos ver qual a diferença entre esses conceitos. “Seria importante referir, ainda, quanto à etimologia da palavra ‘moral’, que esta se originou a partir do intento dos romanos traduzirem a palavra gregaêthica. E assim, a palavra moral não traduz por completo, a palavra grega originária. É que êthica possuía, para os gregos, dois sentidos complementares: o primeiro derivava de êthos e significava, numa palavra, a interioridade do ato humano, ou seja, aquilo que gera uma ação genuinamente humana e que brota a partir de dentro do sujeito moral, ou seja, êthos remete-nos para o âmago do agir, para a intenção. Por outro lado, êthica significava também éthos, remetendo-nos para a questão dos hábitos, costumes, usos e regras, o que se materializa na assimilação social dos valores.”

Bem, no post de hoje eu não vim ficar explicando o que é Ética e Moral, até porque não é algo simples. Eu vim deixar a reflexão de como as pessoas tratam a moral. Na verdade, vim falar sobre o “falso moralismo” que é bastante praticado no nosso dia-a-dia. Isso tornou-se banal há muito tempo. Quem nunca foi um falso moralista? Vive pregando a moral e os bons costumes, mas é hipócrita. Não pratica ou julga de forma correta. Afinal, o que é certo e o que é errado? É diferente pra mim, pra você e pra qualquer outro. Inclusive, a partir daí nós ligamos moral à religião, que foi onde surgiu essa questão da definição do que é certo e o que é errado, os “códigos morais”.

O povo está acostumado a julgar, mas fazer muito bem o que lhe convém, apenas. A partir desse julgamento errôneo, sem ética, nós falamos do moralismo. O “ismo” ganha uma forma negativa. Sendo assim, quando moralizamos nem sempre somos exclusivamente morais, somos quase ou sempre moralistas. “Os hábitos e costumes de todos, para situações de âmbito privado, foram circunscritos por regras, que deveriam garantir sua condição benfazeja, isto é, o de serem naturais. Nossos deuses pedagogos seriam responsáveis por nos lembrar que, saindo dos limites dessas regras, iríamos sentir algo estranho, algo jamais sentido antes: a vergonha e, em seguida, quase que simultaneamente, a culpa.” (Trecho de um texto do blog do filósofo Paulo Ghiraldelli Jr.)

Sim, existem regras para se viver em harmonia, para ter um bom convívio dentro de uma comunidade. E isso remete a um post que eu fiz sobre educação, aliás, dois. É claro que, parece que eu estou sendo moralista nesse caso, mas eu sigo as regras para que, justamente, eu possa viver sem culpa, tendo certeza de que eu fiz minha parte e consequentemente gostaria que fizessem o mesmo. Olhamos tanto para o nosso umbigo, nos gabamos, somos moralistas, achamos que tudo gira a nosso redor. Mas na hora de agir, de admitir o erro e tentar consertar, deixamos de lado.

Esse assunto vai além disso, mas esse post foi apenas uma pitada para refletirmos, olharmos para si. Deixemos de ser falsos moralistas e passemos a FAZER o certo!

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  1. Acho que o falso moralismo acontece quando se esquece de um detalhe importante. A moral seria um conjunto racional de regras que foram estipuladas com o passar de um tempo definido, não tão conscientemente, por inúmeros aspectos complexos incluindo a herança dos arquétipos e o inconsciente coletivo.

    Por tanto, haveria um componente racional, consciente e outro, inconsciente para a estruturação de um comportamento previsto dentro do conceito de moral. O consciente nós podemos controlar. O inconsciente não.

    O inconsciente é aquele que impõe o sentimento de vergonha, por exemplo, diante de uma ação que fuja daquilo que a moral exige. Isso tendencia a uma vontade em fazer o certo. O consciente é exato a armadilha que derruba os falsos moralistas por justificar esse sentimento de vergonha como correto. considerando o contrário inaceitável.

    Como assim? O inconsciente que impõe um sentimento de consciência pesada ou culpa, é o mesmo que, fora do nosso controle e regido pelas nossas vontades pode induzir ao erro. Quando isso acontece, os dois componentes da moral entram em desalinho.

    Então o falso moralista, quando vencido pelos desejos, erra. E o mesmo inconsciente que induziu ao erro não deixa que seu ato se torne consciente, porque sua razão não aceita essa verdade.

    Ora, se a maioria dos nossos atos são influenciados por desejos inconscientes, Esse desalinho pode ocorrer constantemente. Portanto, acho importante conceber que a moral não é de fato, algo inerente a essência do comportamento humano. É importante. Mas sua eficácia é determinada, na verdade, por um exercício da razão.

    Quando se aceita que o ser humano é predominantemente imoral e portanto, capaz de fazer ou sentir qualquer coisa. O falso moralismo não acontece. Porque a moral passa a ser encarada como uma necessidade do homem em controlar instintos que podem ser prejudiciais a si mesmo e à terceiros.

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